República Artiguista Rio-Grandense: Declaração Histórica de Autodeterminação
São os gauchos e os gaúchos portunhóis do pampa que é a
nossa marca sob o mesmo sol. Nada mais nos diferencia, nem mesmo o sotaque, que
já se confunde com um dialeto acrioulado e reforça o sentimento de união e
irmandade enquanto um só povo.
Ao contrário dos jesuítas nas missões guaranis, os
bandeirantes escravizaram os indígenas da região. Primeiro, começando pela
dizimação dos chefes e anciãos indígenas, e depois levando as crianças e
mulheres por serem os mais frágeis. Não foram apenas os espanhóis, mas
principalmente os portugueses, os responsáveis por dizimar grande parte da
população indígena do sul.
No ano de 1750 do Tratado de Madrid, também sob os auspícios
dos interesses das duas coroas, a nação meridional foi brutalmente espancada
pelo seu requintado “habitat”, construída em toda a região missioneira.
Portugal e Espanha, assinaram em 13 de janeiro de 1750, o "Tratado de
Madrid", que conduziu os povos indígenas das missões à cidade castelhana
da Colônia de Sacramento. Com este tratado, os indígenas fugiram sem poder
colher o fruto do seu suor e trabalho, das colheitas, do gado e de outros bens
necessários ao seu próprio sustento.
Foi nessa época que o herói indígena Sepé Tiarajú, o grande
magistrado da tribo Guarani, se levantou a favor de seu povo, fazendo ecoar sua
voz contra o arbitrário imposto pelas coroas ultramarinas, gritando: Essa Terra
Tem dono!
O processo deu continuidade à perseguição dos supostos
civilizados aos nativos do Sul, e em outubro de 1777 foi assinado o Tratado de
San Ildefonso, desfazendo o Tratado de Madrid, que alguns historiadores
contestam sua autenticidade, voltando para Colônia de Sacramento e as Missões,
em troca da ilha espanhola de Santa Catarina (Florianópolis). Não sendo
diferente de outras províncias luso-brasileiras que passaram a viver sob uma
falsa paz vindo de duros massacres por parte do governo imperial
Com a proclamação da Independência do Uruguai e entre os anos de 1825 até 1828, a Província oriental é ferida, perdendo parte de seu
território, que hoje é o atual estado do Rio Grande do Sul.
Os Farrapos inspirados pelos seus irmãos orientais do outro
lado do pampa e após inúmeros conflitos contra o exército imperial brasileiro,
sob a liderança do Coronel Antônio de Souza Neto após a batalha do Seival, em
11 de setembro de 1836, proclama a INDEPENDÊNCIA E INSTITUI A REPÚBLICA DO RIO
GRANDE, no campo de Meneses Piratini; desencadeando a Revolução Farroupilha,
que manifestava o descontentamento da Província com o governo regencial do
Império do Brasil, e ali estabelecendo também a primeira capital do novo país,
e em 20 de setembro de 1836 os farrapos tomam o Palácio Piratini em Porto
Alegre expulsando o então presidente provincial Braga Fernandes.
Até hoje a bandeira oficial do Rio Grande do Sul mantém em seu escudo central a inscrição REPÚBLICA RIO-GRANDENSE e nem durante o tratado de traição de ponche verde, foi discutido a dissolução da República o que dá a entender que mesmo nos dias de hoje, seguimos sendo um país a parte do Brasil mesmo que os invasores não reconhecem a legitimidade de nossa autonomia.
Ambas patrias hermanadas. La historia lo documenta!!
ResponderExcluirAmbas patrias hermanadas. La historia lo documenta!!
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