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O Mundo dos Indo-Europeus

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  por Alain de Benoist Mais de 450 milhões de representantes da espécie Homo Sapiens vivem na Europa. Herdeiros de uma mesma cultura, eles também têm uma origem comum. Seus ancestrais são indo-europeus. O termo “indo-europeu” pertence estritamente ao campo da linguística, e secundariamente à etnologia. Começou a ser usado no final do século XIX, na época em que foram publicados os trabalhos de Franz Bopp, Alexander von Humboldt e Jacob Grimm sobre o estudo comparativo dos principais sistemas linguísticos falados na Europa (exceto o lapão, o finlandês, o húngaro e o basco). A partir de uma correlação de formas, esse método comparativo deduziu (através de uma série de operações semelhantes ao cálculo das proporções aritméticas) uma linhagem que implicava na necessidade lógica de uma origem comum. Em outras palavras, as atuais “línguas-filhas” europeias têm uma mesma “língua-mãe”: o indo-europeu. Foi uma descoberta essencial, que liga o passado mais remoto com o coração do present...

Alain de Benoist - Sobre Homens e Animais

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Por Alain de Benoist O pensamento antigo - com Tales, Anaximandro, Heráclito, Xenófanes e muitos outros - era fundamentalmente monista. A partir da constatação de opostos, não se derivava o dualismo, mas a conciliação dos contrários. Na Antiguidade, a divindade não era confundida com os homens, os homens com os animais, os animais com o mundo vegetal, os vegetais com matéria inanimada, mas a cada um era atribuído um nível diferente dentro de um processo contínuo de percepção. Para os antigos, tudo era vivo, tanto humanos quanto animais, a partir de um princípio de vida e movimento, que os gregos chamavam de psyche, um termo geralmente traduzido como "alma" (note-se que o termo latino anima está na origem da palavra "animal"). Para Aristóteles, o homem é meramente um animal dotado de logos, o único animal "racional". Note, entretanto, que Aristóteles não diz que o homem é o único ser dotado de razão, mas que ele é o único "animal dotado de razão...

Por uma Democracia Iliberal

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Por Alain de Benoist Vou falar com vocês sobre um fenômeno relativamente novo que não é alheio ao tema de hoje. É o iliberalismo. A palavra é um pouco bárbara, mas seu significado é bastante claro: designa o surgimento de novas formas políticas que afirmam ser democráticas, mas ao mesmo tempo querem romper com a democracia liberal que está em crise hoje em praticamente todos os países do mundo. O termo surgiu no final dos anos 90 nos escritos de vários cientistas políticos ilustres, mas só recentemente, em 2014, tornou-se popular entre o público em geral quando o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán declarou publicamente em uma universidade de verão de seu partido: “A nação húngara não é um agregado de indivíduos, mas uma comunidade que devemos organizar, fortalecer e também nutrir. Neste sentido, o novo Estado que estamos construindo não é um Estado liberal, mas um Estado iliberal”. Ele acrescentou que chegou a hora de “entender os sistemas que não são ocidentais, que não são li...