4TP Resumo
A Quarta Teoria Política é uma meta-teoria, que possui um projeto político-científico, proposto inicialmente pelo filósofo Aleksandr Dugin que visa superar as teorias/ideologias políticas modernas, e são elas: liberalismo (primeira teoria política), comunismo (segunda teoria política) e nacionalismo (terceira teoria política).
Enquanto uma meta-teoria, sua finalidade é construir um corpo teórico sólido, capaz de laçar as bases para a construção de novas ideologias políticas que não recaiam nos erros das teorias políticas anteriores. Ideologias como a Jamahiriya de Muammar Gaddafi, o Baath Arabe, a Teoria Juche Norte Coreana, o Justicialismo de Perón e o Federalismo platino, se aproximam deste projeto, na medida em que representam modelos autóctones de organização sócio-política que se diferenciam categoricamente das três teorias políticas aludidas inicialmente.
Com base na filosofia de Martin Heidegger, a quarta teoria politica, se baseia no conceito de Dasein, que representa o homem como possibilidade e do ponto de vista substancial, no conceito de Povo (Narod).
A quarta teoria politica não compreende a realidade humana desde um ponto de vista universalista (como fazem as teorias modernas). Ela simplesmente sustenta que o fenômeno humano pode se manifestar de múltiplas maneiras, sendo a diversidade dos povos e a multiciplidade de um grande espaço geografico a maior prova disso.
Assim, entendendo o homem como Dasein, a Quarta Teoria Política irá se fundamentar na noção de Povo (do russo Narod − não é a mesma coisa que população): uma comunidade humana historicamente vinculada a uma série elementos comuns do ponto de vista social, político, psicológico, religioso, étnico, racial, e que partilha um mesmo destino histórico.
Por isso, o princípio e o fim do projeto de uma Quarta Teoria Política é o Povo enquanto realidade orgânica.
A preservação das ''identidades dos povos'', não só nacionalmente, mas regionalmente, é outra peça na engrenagem dessa teoria. Já que está ligada ao tradicionalismo, pois manter a integridade das identidades de cada povo é uma arma contra a modernidade, o unipolarismo estadunidense e o atlantismo, que por consequencia são males da globalização e do liberalismo.
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