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Afeganistão: uma linha do tempo geopolítica

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  Por Alexander Dugin O Afeganistão, ao longo das últimas décadas, tem sido um espelho bastante claro das vicissitudes da geopolítica mundial. Se nos anos 80 a saída das tropas soviéticas do Afeganistão foi uma imagem do declínio da ordem bipolar e o surgimento de uma nova ordem unipolar centrada nos EUA, a atual saída das tropas estadunidenses desse país representa o naufrágio da ordem unipolar e o iminente surgimento de um novo cenário. A tomada do poder pelo Talibã no Afeganistão e a saída vergonhosa dos americanos e de seus aliados requer um estudo mais amplo das mudanças fundamentais na geopolítica mundial. O Afeganistão tem sido um indicador dessas mudanças ao longo dos últimos 50 anos. As fraturas na arquitetura global do mundo estiveram associadas a ele. É claro, o Afeganistão não foi ele próprio a causa das transformações geoestratégicas, mas antes uma tela em que, de forma mais clara que em qualquer outro lugar, as mudanças fundamentais na ordem mundial foram refletidas.

Joe Biden e o Fim da Hegemonia Norte-Americana

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Alexander Dugin A fuga americana do Afeganistão não foi um evento isolado. Foi mais um em uma longa sequência de derrotas e fracassos dos EUA em seu projeto de manutenção da ordem mundial unipolar. Agora, os EUA recuam em todas as partes. Não obstante, a multipolaridade ainda está longe de ser garantida. Biden, o homem mais poderoso do mundo, começou a reclamar do fracasso dos Estados Unidos no Afeganistão. É compreensível, pois de vez em quando até mesmo pessoas doentes se lamentam e se debatem. O fracasso do globalismo liberal no Afeganistão foi um duro golpe. Quando Biden ainda estava aspirando ao poder e zombando da derrota de Trump, ele começou a falar sobre Build Back Better (Reconstruir Melhor). Este foi o slogan lançado pelos globalistas em Davos em 2020 e eles esperavam lançar o Grande Reset. Este plano tinha como prioridades: Fazer o populismo recuar e impedir a reeleição de Trump nos EUA; Reforçar a já abalada ditadura das elites liberais da União Europeia; Imped

A Geopolítica da Russofobia: Uma Guerra Híbrida

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  Por Alexander Dugin Todos os dados ligados a Russofobia surgem nos países ligados à CEI[1]. A questão é: por que agora? De fato, a área de relações inter-étnicas é um tópico profundamente delicado. Tudo em uma sociedade está aqui. Por vezes tomando proporções catastróficas, como confrontos e massacres[2]. Além disso, poderia resultar em uma guerra de grande escala. Por vezes permanece ao nível recorrente de confrontos. No entanto, em qualquer caso, se o objetivo é abalar esta ou aquela sociedade, então a esfera de relações inter-étnicas é o meio mais conveniente. Virtualmente desprovido de problemas. A mídia possui um papel essencial nesta área. Se sua atenção é sistematicamente focada em tais tópicos e plots, consegue escalar facilmente o nível das situações. Um conflito diário e insignificante – no espírito de abuso de álcool, violência doméstica, ou colapso mental[3] – pode facilmente desembocar em um problema mais sério. Imagine que exista um movimento para prevenir aciden