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Inteligência e Geopolítica

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Por Norberto Ceresole Carta aberta a meus amigos constituintes Nesse momento não existem na Venezuela nem as ideias nem as instituições com capacidade para medir os impactos estratégicos que produzirá o desenvolvimento progressivo do processo venezuelano no mundo. Não existe a capacidade para relacionar as mudanças internas com os conflitos externos. Do que se trata, portanto, é de elaborar uma Inteligência Estratégica que possa ser utilizada pelo Presidente da República para a avaliação dos impactos externos que originará uma determinada resolução desses problemas internos da Venezuela, nessas circunstâncias revolucionárias. É desejável que esse trabalho se desenvolva sob a condução das Forças Armadas porém com participação crescente de instituições civis de nível universitário. Contra o que muitos analistas acadêmicos sustentam, a natureza atual do sistema internacional possibilita manobras e contramanobras, alianças e contra alianças muito mais intensas e profundas

Sorel: O Primeiro Conservador Revolucionário

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Por Sebastian J. Lorenz De Georges Sorel se diz ter sido o primeiro conservador revolucionário, ou pelo menos um dos primeiros pais fundadores da chamada Revolução Conservadora. Assim o expressaram corretamente Julien Freund, Armin Mohler e Karlheinz Weissmann, estes dois últimos coautores do manual Die Konservative Revolution in Deutschland, 1918-1932. Por isso dedicamos a ele este volume monográfico, que contém não só estudos sobre os aspectos mais conhecidos de seu pensamento, como podem ser o "mito revolucionário", a violência e o sindicalismo, como também outras abordagens divergentes, por exemplo, em relação com a liberdade e a religião. E para terminar, um fantástico artigo do dr. Weissmann sobre a recepção por Armin Mohler do pensamento soreliano. Robert Steuckers sempre recorda, como uma referência constante, os conselhos de Armin Mohler convidando-o a reler Georges Sorel e a explorar o contexto de seu tempo. Segundo Steuckers, "Sorel, que às vezes foi chama

O Umbral do Poder

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  por Marcelo Gullo O Conceito de Umbral de Poder Para entender com maior precisão os fatores e elementos que marcam, compõem e modificam a situação dos Estados no âmbito internacional, tornando alguns Estados subordinadores e outros subordinados - uma situação que é relativa e, por natureza, cambiante - é necessário criar uma nova categoria de análise interpretativa. Essa categoria, que denominaremos "umbral de poder", não consiste em uma mera "invenção" - arbitrária ou caprichosa - mas sim um conceito operativo que nos permite expor, de um modo sintético, uma série de parâmetros que existem e são realizados no curso da realidade histórica das nações e que determina sua situação perante outras nações. Assim, por "umbral de poder", entenderemos de agora em diante uma quantidade de poder mínimo necessário abaixo do qual cessa a capacidade autonômica de uma unidade política. "Umbral de poder" é, portanto, o mínimo poder de que um Estado neces

Indo-Europeus: Mitologia, Antropologia e Ideologia

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  por Sebastian J. Lorenz Os Mitos de "Sangue e Terra" Desde a mais remota antiguidade, a origem nórdica tem fascinado à maioria dos povos de estirpe indo-europeia, que assinalaram ou usurparam o Norte como pátria ancestral em seu imaginário étnico coletivo. De fato, a etnografia clássica assinalava a Ilha de Scandia, por referência a um lugar indeterminado entre Escandinávia e o Mar Báltico, como "fábrica de nações e matriz engendradora de povos" (Vagina Gentium). Certamente, nas estruturas religiosas dos indo-germânicos ocupa um lugar-comum a referência a uma terra mitológica situada no norte, na qual seus deuses e heróis se forjam em uma dura luta contra a noite e o gelo eternos, utilizando poderes da natureza como o sol, o trono ou o fogo: o mito ariano nasce, precisamente, da fenomenologia e simbologia solares como patrimônio da raça branca nórdica frente aos mitos da noite e das trevas das raças escuras. E os germânicos não foram uma exceção. Mais que is