O Exemplo Ideal de República


Por C.F. Rodriguez / Vanguardia Nacional - CEPC

A legitimidade da república é o cumprimento de seu bem maior. Da mão de Aristóteles entendemos isso como a máxima felicidade do cidadão na conquista da virtude política, que na tradição católica é entendida como o bem comum. Para nós, que somos muito mais platônicos, essa virtude suprema é a justiça, a pedra angular do Estado. Mas não é justiça igualitária, o que é uma contradição lógica com o ideal de justiça.

Então, o que entendemos por justiça em nossa ideia de república? É preciso e claro dizer que nossa justiça é dar a cada um o seu lugar na medida em que contribua, como pessoa e como grupo, para o cumprimento e realização do bem comum. Esta é para nós a república ideal e a meta suprema do Estado.

A hierarquia que aqui se configura não é a da velha nobreza patrícia, nem a desigualdade de dominação da classe burguesa capitalista, muito menos a da diferença de raças. Mas não é o igualitarismo utópico do comunismo ou a doutrina liberal abstrata dos direitos universais do homem.

O nosso verticalismo, ao contrário destes exemplares, assenta na atribuição que o dever procura, assumido e cumprido, que só se concretiza na mais pura práxis social e política revolucionária na construção criativa e real da pátria. É o peso que equilibra a balança e diferencia o parasita do herói, independentemente da origem, tipo, caráter e extração social de cada homem.

Esta é a justiça que coloca cada um na sua trincheira e na qual só se pode falar de verdadeira igualdade quando se constrói uma verdadeira nação de camaradas honrados.

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