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Dia da Bandeira Nacional Rio-Grandense

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12 de Novembro, comemora-se os 185 anos da Bandeira Nacional da provincia oriental-riograndense, que foi originalmente criada após a proclamação de independência e instituição da República, pelos revolucionários farrapos em 11 de Setembro em 1835, mas sem o atual brasão de armas. Tendo sido adotada oficialmente, como símbolo do país logo nos primeiros anos da república, mais especificamente, através do título VI da constituição estadual promulgada em 14 de julho de 1891.  Não há um consenso sobre o real significado das cores da bandeira riograndense. Uma versão, possivelmente mais próxima da real, conta o clichê de sempre, que a faixa verde representa a mata dos pampas, a vermelha simboliza o ideal revolucionário e a coragem do povo, e a cor amarela representa as riquezas nacionais do território rio-grandense. Todavia, algumas fontes alegam que as cores simbolizam o auriverde dos invasores brasileiros separado pelo vermelho da guerra. Enquanto o vermelho representaria o ide

Compreendendo a “vida nua”

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  Uma grande metrópole, como referencia a um campo de concentração sem cercas. Por Alexander Dugin A sobrevivência é o conceito mais importante para Spinoza. Para ele, sobreviver está associado à duração e vida, como a habilidade de preservar a própria identidade por um dado período; habilidade = força. Para Deleuze, ecoando Nietzsche, força = vida; sobreviver é persistir em durabilidade, perseverar. A vontade de durar. O sobrevivencialismo é um estilo de vida focado em uma única missão – sobreviver, que quer dizer, vida pela própria vida, força pela própria força. Agamben, ao analisar o conceito schmittiano de “estado de exceção” (Ernstfall), chega ao conceito de vida nua. Este é objeto sobre o qual a dominação completa é estabelecida pela vontade de poder absoluta, que atingiu a máxima pureza de sua soberania. Agamben vê um exemplo primaz disso na população dos campos de concentração. Lá, todos perseguem o mesmo objetivo – sobreviver. Isso é a vida nua – sem ambições verticais, c

Dia Internacional da Tradição Gaúcha

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"Se nossos líderes tivessem lido Martín Fierro em vez de autores estrangeiros, é provável que teriam entendido os problemas argentinos até que os resolvessem com paixão, amor e caráter". - Juan Domingo Peron Todos os dias 10 de novembro, comemora-se o nascimento do poeta argentino José Hernández, esse dia ficou marcado na história austral como sendo o dia do reconhecimento da identidade gaúcha. Um momento marcante em honra a um dos personagens mais representativos do ser austral, que por meio de suas obras literárias e notas jornalísticas colocou todos os esforços para defender seus conterrâneos das injustiças que foram cometidas pelos governos portenhos unitários contra o povo. Em 1872, continua sua luta pelo jornalismo e pública entre várias de suas obras, a primeira parte de sua obra-prima, tido como a bíblia do gaúcho "El gaucho Martín Fierro" e sua continuação "La Vuelta de Martín Fierro", relatos em forma de versos que contam a vida de um heroico gaú

A Espanha libertou a América

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Entrevista com Marcelo Gullo, publicada em 'La Gaceta' de Salamanca. – Embora você, professor Marcelo Gullo, não tenha sangue espanhol, sente-se espanhol? – Sinto totalmente espanhol porque a língua, minha língua materna, que amo, penso e às vezes odeio, é o espanhol. É a nossa maior derrota. Antes nos considerávamos espanhóis, hispano-americanos e o grande triunfo da lenda negra lançada pelo marketing geopolítico britânico acabou com isso. - Por que um cientista político como você decide que deve narrar a verdadeira história da Espanha e da América? - Por duas razões: primeiro, por uma razão ética e filosófica. Só a verdade nos liberta, e a lenda negra é a mentira mais gigantesca da história. Embora tenha nascido na Itália e na Holanda, é na Grã-Bretanha onde se torna geopolítica, política de estado para destruir a grandeza do império espanhol. Você só pode construir uma política a partir da verdade, porque a história falsa nos leva a uma política falsa. A segunda razã

Heidegger e o Nacional-Socialismo

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Por José Alsina Calvés É comum em pseudo-debates pós-modernos sobre autores ou obras recorrer a rótulos. É muito mais fácil apontar um dedo inquisitorial a um autor e enviá-lo definitivamente para a "lata de lixo da história" do que analisar seriamente sua obra no contexto. Nessas acusações "rituais", as razões morais são misturadas com as intelectuais. No caso de Heidegger, o papel de inquisidor coube a Victor Farias, com seu panfleto imundo Heidegger e o Nacional-Socialismo. Escrito dentro do espírito de uma "causa geral", cheio de absurdos e contradições, e mostra uma ignorância maliciosa do que eram realmente os movimentos fascistas na Europa. Entre outras coisas, afirma que a educação católica de Heidegger o predispôs às ideias nacional-socialistas, "esquecendo" que o nacional-socialismo triunfou em um país, a Alemanha, que era em grande parte luterano, e "esquecendo" que foi precisamente o afastamento da Igreja Católica que favo

Afeganistão: uma linha do tempo geopolítica

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  Por Alexander Dugin O Afeganistão, ao longo das últimas décadas, tem sido um espelho bastante claro das vicissitudes da geopolítica mundial. Se nos anos 80 a saída das tropas soviéticas do Afeganistão foi uma imagem do declínio da ordem bipolar e o surgimento de uma nova ordem unipolar centrada nos EUA, a atual saída das tropas estadunidenses desse país representa o naufrágio da ordem unipolar e o iminente surgimento de um novo cenário. A tomada do poder pelo Talibã no Afeganistão e a saída vergonhosa dos americanos e de seus aliados requer um estudo mais amplo das mudanças fundamentais na geopolítica mundial. O Afeganistão tem sido um indicador dessas mudanças ao longo dos últimos 50 anos. As fraturas na arquitetura global do mundo estiveram associadas a ele. É claro, o Afeganistão não foi ele próprio a causa das transformações geoestratégicas, mas antes uma tela em que, de forma mais clara que em qualquer outro lugar, as mudanças fundamentais na ordem mundial foram refletidas.