Dia da Bandeira Nacional Rio-Grandense
12 de Novembro, comemora-se os 185 anos da Bandeira Nacional da provincia oriental-riograndense, que foi originalmente criada após a proclamação de independência e instituição da República, pelos revolucionários farrapos em 11 de Setembro em 1835, mas sem o atual brasão de armas. Tendo sido adotada oficialmente, como símbolo do país logo nos primeiros anos da república, mais especificamente, através do título VI da constituição estadual promulgada em 14 de julho de 1891.
Não há um consenso sobre o real significado das cores da bandeira riograndense. Uma versão, possivelmente mais próxima da real, conta o clichê de sempre, que a faixa verde representa a mata dos pampas, a vermelha simboliza o ideal revolucionário e a coragem do povo, e a cor amarela representa as riquezas nacionais do território rio-grandense.
Todavia, algumas fontes alegam que as cores simbolizam o auriverde dos invasores brasileiros separado pelo vermelho da guerra. Enquanto o vermelho representaria o ideal republicano, símbolo da luta do caudilho oriental-uruguaio José Artigas.
Após o fim da primeira República Rio-grandense, nenhuma lei posterior foi promulgada regulamentando o uso ou descrição da bandeira. Porém foi durante o governo de Júlio de Castilhos quando instaurou a segunda República, que a bandeira Nacional voltou a tremular em todo o nosso país. Não só isso, mas Castilhos ainda tornou oficial o folclore gaúcho como patrimônio Rio-grandense, tornando oficialmente a todos os gaúchos vindos ou nascidos na província, como cidadãos rio-grandenses.
Durante a segunda República também passou a ser usado na bandeira o brasão de armas, uma simbologia maçônica e positivista. Haja vista, que a elite rio-grandense militar e política na época era, em sua maioria, ligada às orientações da Religião da Humanidade. Através do Positivismo de Auguste Comte, sendo seu grande discípulo em terras rio-grandenses o próprio Presidente Dr. Júlio de Castilhos, e autor da nossa constituição a quem coube a colocação do termo Humanidade no pavilhão nacional.
Por fim, e é sempre importante frisar isso, pois foi o maior ato de traição que um ícone dessas terras austrais poderia ter cometido contra sua própria pátria em nome de outra. Foi quando Getúlio Vargas, durante o Estado Novo brasileiro, suspendeu o uso dos símbolos regionais e municipais, incluindo bandeiras e brasões. Pondo fim no autonomismo das províncias e iniciando um unitarismo centralizador que perdura até os dias atuais, acabando com os regionalismos, e suprimindo a multiplicidade do país em prol de uma unidade brasileira que nunca existiu. A bandeira só foi restabelecida oficialmente em nosso país, infelizmente enquanto um estado anexado pelo Brasil em 5 de janeiro de 1966, através da lei nº 5.213.
Viva a República Rio-Grandense!
Sem dúvida alguma eu daria minha vida por ela, minha pátria amada e meu povo querido!
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