Anarquia. Uma ideia necessária Por Giacomo Maria Prati
De Heráclito a Aleksandr Dugin. Passando por Proudhon O sol está jovem todos os dias. (Heráclito, frag. A 89) A lua nasce sobre o mar, as estrelas giram no céu Mas sobre nossas luzes está um véu fúnebre. (Belgrado Pedrini, O Galeão) O caos não existia uma vez, era uma vez. O caos está aqui e agora. Caos é o que é e Caos é o que será. (Alexandr Dugin, Platonismo político) Quando menino, também desenhei o A circulado com um marcador preto na mochila Invicta. Devo dizer que, por um lado, esse sinal me fascinou, mas, por outro, me perturbou. Meu amigo Giovanni Rossi, o primeiro anarquista que conheci, o desenhou para mim. Por muitos anos, o único. Um menino inteligente, criativo, pálido, mas ao mesmo tempo surpreendente. Havia algo perturbador nisso. Sua clareza mudou. Sua contestação radical e espontânea de todas as instituições e creio, me perturbou. Um espírito imprevisível, fluido, inclassificável. Sua rebelião adolescente natural usual não era dele, mas ele possuía a durez...