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Redescubra sua Identidade

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Por Christa Savitri Parece-me que infelizmente, se o ser humano quer viver em consonância com os Deuses, ele precisa, assim como os Deuses da Raça, estar em constante estado de guerra.  É no puro estado de guerra que o homem se esforça para manter seu mundo, seu espaço de sobrevivência e uma determinada ordem que está conectada diretamente com a continuidade de sua espécie.   A guerra à qual me refiro pode ser a propriamente dita, mas também a luta árdua e coerente pela existência a cada dia, é tudo, menos o tédio existencial em que estamos vivendo. Trabalhos inúteis, improdutivos, não-criativos que permitem largamente a desocupação mental e a automatização, deixando espaço para que a mente se transforme em oficina, não do diabo, mas da própria parte decaída.  Está aí a origem dos desequilíbrios mentais e, portanto, também energéticos, que tiraram toda e qualquer estabilidade proveniente da complementação dos seres que as guerras e as dificuldades obrigavam a manter.  Achar

Califórnia - Evento de Canção Nativista Gaúcha

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Por Colmar Duarte O NATIVISMO NO PALCO A Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana foi o primeiro festival de música regional do Rio Grande do Sul. Este emblemático desencadeou a criação de outros eventos semelhantes pelo estado e foi palco para o nascimento e a consolidação do nativismo, vertente musical e cultural que fortaleceu o regionalismo gaúcho a partir dos anos 80. Califórnia é uma palavra de origem grega e significa "conjunto de coisas belas". No Rio Grande, era usada para designar "carreira da cancha reta" e deu nome também às incursões guerreiras de Francisco Pedro de Abreu, o Moringue, a terras cisplatinas, explica Luiz Machado Stabile, atual presidente do evento. Stabile está ligado ao festival desde sua criação e foi também o primeiro patrão do CTG Sinuelo do Pago, que começou realizar o evento com o apoio da Prefeitura de Uruguaiana. A Califórnia surgiu depois que a milonga "Abichornado", de Colmar Duarte e Júlio Machado da Silva filho, fo

Moeller e Dostoievski

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Por Robert Steuckers Moeller van den Bruck foi o primeiro tradutor alemão de Dostoievski. Deixou-se influenciar profundamente pelos diários de Dostoievski, tão repletos de severas criticas ao Ocidente. No contexto alemão depois de 1918, Moeller van den Bruck advogava, com argumentos de Dostoievski, por uma aliança Russo-germânica contra o Oeste. Como poderiam os respeitáveis cavalheiros alemães, com uma imensa cultura artística, mostrarem-se a favor de uma aliança com os bolcheviques? Seus argumentos foram os seguintes: durante toda a tradição diplomática do século XIX, a Rússia foi considerada o escudo da reação contra todas as repercussões da Revolução Francesa e contra a mentalidade e os modos revolucionários. Dostoievski, um antigo revolucionário russo, que mais tarde admitiu que sua opção revolucionária tinha sido um erro, considerava, mais ou menos, que a missão da Rússia no mundo era a de apagar na Europa os rastros das idéias de 1789. Para Moeller van den Bruck, a Revoluç

O Peronismo: Uma Tentativa de Insubordinação Fundadora

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por Marcelo Gullo Na história das relações internacionais, a primeira unidade política a utilizar, conscientemente, sistematicamente e premeditadamente, o imperialismo cultural [1], isto é, a subordinação ideológico-cultural como instrumento fundamental da sua política externa, para impor a sua vontade às outras unidades políticas, foi a Grã-Bretanha, exportando o livre-comércio como uma ideologia de dominação. Através das lojas, a Inglaterra exportou, para converter as jovens repúblicas hispano-americanas em semicolônias, as ideias do livre-comércio. Ideia que se cuidou bem para não aplicar em seu próprio território. Um dos problemas mais marcantes, mas, ao mesmo tempo, mais ignorados na história das relações internacionais, refere-se ao fato de que, desde a sua industrialização, a Grã-Bretanha começou a agir com duplicidade deliberada. Uma coisa era o que era efetivamente realizado em matéria de política econômica para se industrializar e progredir industrialmente e outra, o qu